Fragmentation influences the diversity of riparian vegetation in the Eastern Amazon

Palavras-chave: floresta remanescente, mata ciliar, pastagem, débito de extinção

Resumo

A fragmentação é uma consequência de ações antrópicas que causam mudanças no uso e cobertura do solo. Com a conversão de áreas florestais em áreas de uso agrícola, a mata ciliar torna-se suscetível aos efeitos da fragmentação. Isso gera mudanças que afetam a estrutura e composição da vegetação dos remanescentes florestais. Portanto, este estudo teve como objetivo analisar a estrutura e composição florística de mata ciliar com 30 m em uma matriz fragmentada. Assim, a vegetação adulta (DAP ≥ 5 cm) e regeneração (altura ≥ 10 cm, diâmetro <5 cm) em parcelas de 10 x 30 m foram amostradas em três trechos de mata ciliar, sendo dois trechos em uma matriz de pastagem e um trecho em matriz com vegetação nativa. Comparada à área com matriz de vegetação nativa, a vegetação de matas ciliares imersa em matriz de pastagem apresentou dissimilaridade de composição florística e alguma similaridade estrutural. Na regeneração, uma grande abundância das espécies Olyra cf. ecaudata Döll (Poaceae) e Asplenium cf. inaequilaterale Willd. (Aspleniaceae) foi observada. Nossos resultados fornecem evidências de que a estrutura das matas ciliares de 30 m na matriz de pastagem estava preservada. Porém, o desempenho das funções ecológicas da mata ciliar também pode ser alterado ao longo do tempo devido aos efeitos da fragmentação que estão influenciando a diversidade dessas áreas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALVARES, C. A.; STAPE, J. L.; SENTELHAS, P. C.; GONÇALVES, J. L. M.; SPAROVEK, G. Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, v. 22, n. 6, p. 711–728, 2013. DOI: 10.1127/0941-2948/2013/0507.

ARROYO-RODRÍGUEZ, V.; GALÁN-ACEDO, C.; FAHRIG, L. Habitat fragmentation. The International Encyclopedia of Primatology, 2017. DOI: 10.1002/9781119179313.wbprim0179.

BELCHIMOR, M.; MARIANO-NETO, E.; FARIA, D. et al. Translating plant community responses to habitat loss into conservation practices: Forest cover matters. Biological Conservation, v. 209, p. 499–507, 2017. DOI: 10.1016/j.biocon.2017.03.024.

BROWER, J. E.; ZAR, J. H. Field and laboratory methods for general ecology. Dubuque: W. M. C. Brow Publisher, 1984.

CONNELL, J. H. Diversity in tropical rain forests and coral reefs. Science, v. 199, p. 1302-1310, 1978. DOI: 10.1126/science.199.4335.1302.

EWERS, R. M.; ANDRADE, A.; LAURANCE, S. G. et al. Predicted trajectories of tree community change in Amazonian rainforest fragments. Ecography, v. 40, p. 26–35, 2017. DOI:10.1111/ecog.02585.

HALLEY, J. M.; MONOKROUSOS, N.; MAZARIS, A.D. et al. Extinction debt in plant communities: where are we now? Journal of Vegetation Science, v. 28, p. 459–461, 2017. DOI: 10.1111/jvs.12538.

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS – INPE. Terra Brasilis - PRODES (Desmatamento). 2020. Disponível em: http://terrabrasilis.dpi.inpe.br/app/dashboard/deforestation/biomes/amazon/increments Acesso em 15 dezembro 2020.

KUUSSAARI, M.; BOMMARCO, R.; HEIKKINEN, R. K. et al. Extinction debt: a challenge for biodiversity conservation. Trends in Ecology and Evolution, v. 24, n. 10, p. 564-571, 2009. DOI: 10.1016/j.tree.2009.04.011.

LAURANCE, W. F.; CAMARGO, J. L. C.; FEARNSIDE, P. M. et al. An Amazonian rainforest and its fragments as a laboratory of global change. Biological reviews, 2017. DOI: 10.1111/brv.12343.

LAURANCE, W. F.; LOVEJOY, T. E.; Vasconcelos, H. L. et al. Ecosystem decay of Amazonian Forest fragments: a 22-year investigation. Conservation Biology, v. 16, n. 3, p. 605-618, 2002. DOI: 10.1046/j.1523-1739.2002.01025.x.

LAURANCE, W. F.; VASCONCELOS, H. L. Consequências ecológicas da fragmentação florestal na Amazônia. Oecologia Brasiliensis, v. 13, n. 3, p. 434-451, 2009. DOI: 10.4257/oeco.2009.1303.03.

MACHADO, C. J. P.; MASSOLI JUNIOR, E. V. Análise da fragmentação florestal na microbacia Marzagão, município de Rosário Oeste, Mato Grosso. Seminário de Iniciação Científica do UNIVAG, v. 4, 2017.

MAGNABOSCO MARRA, D.; TRUMBONE, S. E.; Higuchi, N. et al. Windthrows control biomass patterns and functional composition of Amazon forests. Global Change Biology, v. 24, p. 5867– 5881, 2018. DOI: 10.1111/gcb.14457.

MARACAHIPES-SANTOS, L.; SILVÉRIO, D. V.; Macedo, M. N. et al. Agricultural land-use change alters the structure and diversity of Amazon riparian vegetations. Biological Conservation, v. 252, 108862, 2020. DOI: 10.1016/j.biocon.2020.108862.

MELO, A. S. O que ganhamos “confundindo” riqueza de espécies e equabilidade em um índice de diversidade? Biota Neotropica, v. 8, n. 3, 2008. DOI: 10.1590/S1676-06032008000300001.

MIRANDA, E. E.; CARVALHO, C. A.; OSHIRO, O. T. Atribuição, ocupação e uso das terras no estado do Mato Grosso. Embrapa monitoramento por satélite. 2017 Disponível em: https://www.cnpm.embrapa.br/projetos/car/estados/MT/ATRIBUICAO_USO_OCUPACAO_MT_APRESENTADO_EVENTO_SOJA_Website.pdf Acesso em: 20 junho 2019.

NEMER, T. C. Dinâmica da vegetação de floresta tropical de terra firme influenciada por clareiras de origem antrópica, Moju, Pará, Brasil. Tese (doutorado em Ciências Florestais), Universidade de Brasília, 97 p., 2014.

NEWBOLD, T.; HUDSON, L. N.; CONTU, S. et al. Widespread winners and narrow-ranged losers: Land use homogenizes biodiversity in local assemblages worldwide. PLOS Biology, 2018. DOI: 10.1371/journal.pbio.2006841.

OKSANEN, J.; BLANCHET, F. G.; FRIENDLY, M. et al. vegan: Community Ecology Package. R package version 2.5-6. 2019. Disponível em: https://CRAN.R-project.org/package=vegan.

PARDINI, R.; NICHOLS, E.; PÜTTKER, T. Biodiversity Response to Habitat Loss and Fragmentation. Encyclopedia of the Anthropocene, 2017. DOI: 10.1016/B978-0-12-409548-9.09824-9.

RODRIGUES, R. R.; BRANCALION, P. H. S.; ISERNHAGEN, I. Pacto pela restauração da mata atlântica: referencial dos conceitos e ações de restauração florestal. LERF/ESALQ: Instituto BioAtlântica, 2009, ISBN 978-85-60840-02-1.

SANTOS, R. C.; LIMA, M.; SILVA JUNIOR, C. A.; BATTIROLA, L. D. Disordered conversion of vegetation committees connectivity between forest fragments in the Brazilian Legal Amazon. Applied Geography, 2019. DOI: 10.1016/j.apgeog.2019.102082.

SIMONELLI, M.; MARTINS, S. V.; SARTORI, M. et al. Levantamento do potencial de regeneração natural de florestas nativas nas diferentes regiões do estado do Espírito Santo. Vitória, ES: Edifes, 2021, ISBN: 978-65-86361-98-8, 2021.

VANMELIS, J.; CAMARGO, M. G. G.; CARVALHO, P. G. et al. Contrasting edge effect on lianas and trees in a cerrado savanna remnant. Austral ecology, 2020. DOI: 10.1111/aec.12968.

Publicado
2021-11-11
Seção
Artigos Científicos