Levantamento de plantas daninhas em soja cultivada sob diferentes espaçamentos em savana amazônica

Palavras-chave: estado de Roraima, Glycine max L., florística e fitossociologia, plantas invasoras

Resumo

O manejo de plantas daninhas na cultura da soja, através da redução do espaçamento de plantio, figura-se como importante fator de cultivo ao qual depende o sucesso da produção. O objetivo desse estudo foi avaliar as composições florística, ecológica e fitossociológica de plantas daninhas no cultivo da soja sob diferentes espaçamentos em uma área de savana amazônica, em Boa Vista, RR, Brasil. A cultivar BRS 7980 foi semeada em sistema convencional, em quatro blocos com três diferentes espaçamentos (45, 55 e 65 cm) entre fileiras. A amostragem de plantas daninhas foi realizada através de um quadrado de ferro (0,25 m2), o qual foi arremessado aleatoriamente quatro vezes em cada bloco, totalizando 4,0 m2 de área amostrada. Um total de 16 espécies de plantas daninhas foram registradas, distribuídas em dez gêneros e cinco famílias, das quais predominaram Fabaceae e Malvaceae. Quatro espécies estiveram presentes em todos os espaçamentos: Mimosa pudica L., Urochloa decumbens Stapf., Calopogonium muconoides Desv. e Waltheria communis A.St.-Hil. Os diferentes espaçamentos não foram indicadores da composição florística de plantas daninhas. O baixo índice de similaridade entre as espécies indicou que a comunidade de plantas foi afetada pelos diferentes espaçamentos utilizados. Urochloa decumbens Stapf. obteve maior destaque nos parâmetros fitossociológicos avaliados, necessitando de atenção especial no controle. A maior massa seca de plantas daninhas foi obtida nos espaçamentos de 55 e 65 cm. O tipo de propagação, a forma de vida e o ciclo de vida predominantes foram por sementes, erva e perene, respectivamente. A rota fotossintética predominante foi do tipo C3, especialmente em 45 cm. Portanto, o cultivo de soja em espaçamento de 45 cm entre fileiras ocasiona redução da composição ecológica e fitossociológica de plantas daninhas em área de savana amazônica. Os diferentes espaçamentos entre fileiras não são indicadores da composição florística de plantas daninhas no cultivo da soja em savana amazônica.

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Publicado
2020-09-25
Seção
Artigos Científicos