Preferência alimentar de Opsiphanes invirae em cultivares de palma de óleo

  • Patricia Surama Parise Maia Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n Cep:14884-900 - Jaboticabal, SP, Brasil
  • Arlindo Leal Boiça Junior Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n Cep:14884-900 - Jaboticabal, SP, Brasil
  • Ricardo Salles Tinôco Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n Cep:14884-900 - Jaboticabal, SP, Brasil Grupo Agropalma S.A.
  • Paulo Roberto Silva Farias Universidade Federal Rural da Amazônia, Avenida Presidente Tancredo Neves, Nº 2501 Bairro: Terra Firme Cep: 66.077-830 Cidade: Belém-Pará, Brasil
  • Nara Elisa Lobato Rodrigues Universidade Federal Rural da Amazônia, Avenida Presidente Tancredo Neves, Nº 2501 Bairro: Terra Firme Cep: 66.077-830 Cidade: Belém-Pará, Brasil
  • Socorro Taynara Braga Cristo Universidade Federal Rural da Amazônia, Avenida Presidente Tancredo Neves, Nº 2501 Bairro: Terra Firme Cep: 66.077-830 Cidade: Belém-Pará, Brasil
Palavras-chave: Dendezeiro, Insecta, Nymphalidae, Resistência de plantas a insetos

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar a atratividade e consumo alimentar de Opsiphanes invirae por folíolos de diferentes genótipos de palma de óleo. Foram realizados testes com e sem chance de escolha, utilizando lagartas de O. invirae recém-eclodidas, com 12 dias de idade. Foram utilizados cinco genótipos, Deli × LaMe, Compacta × Ekona, Deli × Ekona, Compacta × Nigéria e Compacta × Ghana, plantados em 2008. No teste com chance de escolha, os genótipos preferidos foram Compacta × Ekona aos 3, 5 e 30 minutos, com médias de 1,70; 2,20; e 0,60 insetos, respectivamente; e o Compacta × Ghana às 48 e 72 horas, com médias de 0,80 e 1,10 insetos após a liberação das lagartas. O Compacta × Nigéria foi o menos atrativo e menos consumido nos dois testes com lagartas recém-eclodidas. Nos testes com lagartas de 12 dias de idade não houve diferença para atratividade. No teste sem chance de escolha o tratamento Deli × LaMe foi o genótipo menos consumido, o Compacta × Ghana, embora pouco atrativo, foi o mais consumido em teste com e sem chance de escolha. O genótipo Compacta × Nigéria demonstrou resistência do tipo não preferência para alimentação com lagartas recém-eclodidas de O. invirae.

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Biografia do Autor

Patricia Surama Parise Maia, Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n Cep:14884-900 - Jaboticabal, SP, Brasil

Filha de Fiorello Parise e Maria Lúcia Gouvêa Parise nasceu no dia 07 de fevereiro de 1971, na cidade de São Luís, MA. Casada com Sergio Mauricio Azevedo Maia, mãe de Luan Parise Maia e Luana Parise Maia. Ingressou na Universidade Federal Rural da Amazônia em março de 2001 no curso de Engenharia Agronômica. Em 2002 iniciou monitoria em entomologia geral e em 2004 em iniciação cientifica onde permaneceu até a conclusão de seu curso em outubro de 2005. Em fevereiro de 2006 iniciou o curso de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Agronomia na área de concentração em Produção Vegetal na linha de pesquisa Fitossanidade na Universidade Federal Rural da Amazônia, onde obteve o grau de mestre em março de 2008. Em 2007, foi nomeada através de concurso público, Extensionista Rural I na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (EMATER-PARÁ). Em agosto de 2012 iniciou o Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Entomologia Agrícola) na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista – Campus de Jaboticabal, SP, na modalidade de doutorado interinstitucional (DINTER), na linha de pesquisa Resistência de Plantas a Insetos, sob a orientação do Prof. Dr. Arlindo Leal Boiça Junior.

Arlindo Leal Boiça Junior, Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n Cep:14884-900 - Jaboticabal, SP, Brasil
Possui graduação em Agronomia pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV), Campus de Jaboticabal, Universidade Estadual Paulista (UNESP), obtido em julho de 1981. Concluiu o mestrado em Agronomia (Produção Vegetal) em maio de 1987 pela FCAV/UNESP, Campus de Jaboticabal, SP. e doutorado em Ciências (Entomologia) em abril de 1991 pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ), Campus de Piracicaba, SP. Universidade de São Paulo (USP). Prestou concurso de Professor Adjunto (Livre-Docente) em abril de 1995 na FCAV/UNESP, Campus de Jaboticabal, SP, na área de Entomologia. Obteve o cargo de Professor Titular em concurso no Departamento de Fitossanidade da FCAV/UNESP, Campus de Jaboticabal, SP, em novembro de 2001, na área de Entomologia Agrícola. A atuação profissional na área de ensino, pesquisa e extensão na UNESP iniciou-se 26 de setembro de 1981, sendo atualmente docente do Departamento de Fitossanidade da FCAV/UNESP-Jaboticabal, sempre atuando na área de entomologia e nas linhas de pesquisa em resistência de plantas a insetos, relação inseto-praga, produtos naturais no controle de insetos-pragas e manejo integrado de pragas nas principais culturas agrícolas. Atualmente é bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq, nível 1C.
Ricardo Salles Tinôco, Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n Cep:14884-900 - Jaboticabal, SP, Brasil Grupo Agropalma S.A.
Graduado em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa (2006) com mestrado em Entomologia pela Universidade Federal de Viçosa (2008) com ênfase em controle biológico e comportamento de insetos e Doutorando em Entomologia Agrícola pela UNESP Jaboticabal. Atualmente trabalha no Grupo Agropalma como Gerente de Fitossanidade e Pesquisa na cultura de Palma de Óleo (Dendê) na Amazônia Brasileira no Estado do Pará.
Paulo Roberto Silva Farias, Universidade Federal Rural da Amazônia, Avenida Presidente Tancredo Neves, Nº 2501 Bairro: Terra Firme Cep: 66.077-830 Cidade: Belém-Pará, Brasil
O Engº Agrônomo Paulo Roberto Silva Farias é graduado pela Universidade Federal Rural da Amazônia (1994), mestre em Agronomia (Entomologia Agrícola) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1996), doutor em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e Universidade Politécnica de Barcelona (1999) e Pós-Doutor pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente é Professor Associado III da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Defesa Fitossanitária, atuando principalmente nos seguintes temas: geoestatística, sistema de posicionamento global (GPS), sistemema de informação geográfico (SIG) e agricultura de precisão.
Nara Elisa Lobato Rodrigues, Universidade Federal Rural da Amazônia, Avenida Presidente Tancredo Neves, Nº 2501 Bairro: Terra Firme Cep: 66.077-830 Cidade: Belém-Pará, Brasil
Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2008), mestrado em Agronomia (Entomologia Agrícola) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2011) e doutorado em Agronomia (Entomologia Agrícola) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2014). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Entomologia Agrícola, atuando principalmente nos seguintes temas: resistência de plantas a insetos, antibiose, mosca-branca e Phaseolus vulgaris, Vigna unguiculata, Eucalipto, Thyrinteina arnobia, Podisus nigrispinus .
Socorro Taynara Braga Cristo, Universidade Federal Rural da Amazônia, Avenida Presidente Tancredo Neves, Nº 2501 Bairro: Terra Firme Cep: 66.077-830 Cidade: Belém-Pará, Brasil
Graduanda no curso de Agronomia na Universidade Federal Rural da amazônia, Bolsita de iniciação científica CNPq

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Publicado
2018-09-25
Seção
Artigos Científicos