PRODUÇÃO ANUAL DE SERAPILHEIRA EM FLORESTA SECUNDÁRIA NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • José Augusto da Silva Santana UFRA
  • Luciana Karla V. dos Santos Sousa
  • Wanderléa da Costa Almeida

Resumo

Estudou-se durante doze meses a produção de serapilheira em uma parcela permanente de um hectare, localizada na Estação Experimental de Recursos Genéticos do Cacau José Haroldo, pertencente à CEPLAC, no município de Marituba, Pará. A vegetação é constituída por uma floresta secundária, que foi explorada de modo seletiva há, aproximadamente, 45 anos, situada sobre um Latossolo Amarelo de baixa fertilidade e com pH ácido. Para coleta de material utilizaram-se 24 bandejas de madeira medindo 1m x 1m x 0,2 m, com tela em fundo de nylon, à altura de 0,5m do solo. As coletas foram realizadas quinzenalmente, no período de junho de 1996 ate maio de 1997, separadas em material foliar e miscelânea (galhos finos<2cm de diâmetro, ramos, cascas, flores, frutos e sementes), secas em estufa à temperatura de 65-70 °C por 48h e pesadas, sendo depois agrupadas mensalmente. Ao final do estudo, foram coletadas 9,33 t ha-1 de biomassa seca, com as folhas respondendo a 77,17% do total e a miscelânea ao restante. As taxas de deposição mensal dos dois materiais variaram em função do índice de precipitação pluviométrica. O maior período de deposição de folhas ocorreu entre os meses de junho e agosto, com 47,97% da biomassa foliar total decídua, época em que ocorreram baixas taxas de precipitação mensal na área. Para a fração miscelânea, as maiores taxas de deposição se observaram nos meses de janeiro e fevereiro, coincidindo com a fase inicial da estação chuvosa na região Em janeiro ocorreu o maior pico de deposição de miscelânea, com 0,53 t ha-l, e o menor em maio com 0,69 t ha-1. Reunindo-se as duas frações, obteve-se a maior deposição em junho, com 1,64 t há-1, e a menor em dezembro com 0,27 t ha-1.

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Publicado
2016-04-12
Seção
Artigos Científicos