Estimativa do custo horário de equipamentos e serviços em diferentes níveis de tecnificação em agricultura de precisão

  • Walciney José das Chagas Oliveira Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Patrícia Pereira Santos Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Débora Rodrigues Oliveira Santos Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Gabriel Araujo e Silva Ferraz Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Murilo Machado Barros Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Resumo

O artigo estima o custo horário dos equipamentos e serviços utilizados em sistemas de agricultura de precisão (AP) com diferentes níveis de tecnificação e visa contribuir para a tomada de decisão de produtores na implementação da AP ou na contratação de serviços de suporte. Foram considerados sistemas recomendados para agricultores familiares, médias e grandes propriedades. Os preços dos equipamentos e serviços foram obtidos junto às principais empresas especializadas do mercado. Também foram estimados os custos fixos (depreciação, juros, alojamento e seguros) e variáveis (reparos e manutenção e salário do profissional especialista). Os resultados indicam um custo horário de R$ 0,57 para um nível menos tecnificado, recomendado para pequenas propriedades, de R$ 6,95 para médias propriedades e de R$ 105,04 para propriedades com alto nível de tecnificação, considerando o que há de mais moderno no mercado em termos de agricultura de precisão.

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Biografia do Autor

Walciney José das Chagas Oliveira, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Mestrando em Engenharia Agrícola e Ambiental na UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro). Possui graduação em Engenharia de Agronegócios (CREA: Engenheiro de Produção - Agroindústria) pela UFF (Universidade Federal Fluminense). Atualmente, é bolsista de extensão do CNPq atuando como Agente Local de Inovação no Sebrae - RJ.
Patrícia Pereira Santos, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Graduada em Gestão Ambiental, pelo Centro Universitário Geraldo Di Biasi, pós graduada em Biodiversidade e Sustentabilidade pela UNESA e mestranda em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, atua como técnica ambiental da Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extenção, Deputado Último de Carvalho, com a implementação do Cadastro AMbiental Rural da Região Hidrográfica da Baía da Ilha Grande no Estado do Rio de Janeiro.
Débora Rodrigues Oliveira Santos, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Graduada em Engenharia de Agrimensura pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, atualmente é mestranda em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Gabriel Araujo e Silva Ferraz, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Engenheiro Agrícola pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), Doutor em Engenharia Agrícola (UFLA) (tendo sido bolsista CAPES), Mestre em Engenharia Agrícola na área de concentração Máquinas e Automação Agrícola (UFLA) sendo bolsista CNPq. Foi bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPq, membro fundador da Enagri Jr. Projetos e Consultoria em Engenharia Agrícola, bolsista do grupo PET - Engenharia Agrícola e bolsista CAPES/FIPSE no programa de graduação sanduiche Brasil - EUA. Foi professor adjunto do Departamento de Engenharia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e membro fundador e vice coordenador do Programa de Pós-graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental (PGEAAmb/UFRRJ). Atualmente é professor Adjunto do Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Lavras, professor do Programas de Pós-graduação em Engenharia Agrícola (UFLA) e do Programa de Pós-graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental (PGEAAmb/UFRRJ). 
Murilo Machado Barros, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Possui graduação em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Lavras (2009), mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Lavras (2010) e doutorado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Lavras (2014). Atualmente é professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e Vice-Chefe do Departamento de Engenharia. Tem experiência na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em Máquinas e Implementos Agrícolas, atuando principalmente nos seguintes temas: cafeicultura, agricultura de precisão, colheita mecanizada e aplicação de fertilizantes e corretivos em doses variáveis.

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Publicado
2017-05-02
Seção
Artigos Científicos