Efeito alelopático de extratos aquosos foliares de Lonchocarpus campestris na germinação e no crescimento inicial de picão-preto
Resumo
Diversas espécies vegetais sintetizam substâncias denominadas aleloquímicos, que inibem a germinação e o crescimento inicial de plântulas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a ação alelopática de extratos aquosos de folhas frescas e secas de Lonchocarpus campestris sobre a germinação e o crescimento inicial de picão-preto. As concentrações empregadas foram 0, 2, 4 e 8%. Foram avaliados os seguintes aspectos: a porcentagem de germinação; o índice de velocidade e a velocidade de germinação; o comprimento de hipocótilo e de radícula; a massa seca total, e o conteúdo de água. A germinação e o índice de velocidade de germinação reduziram-se com o aumento da concentração do extrato de folhas frescas e secas. A velocidade de germinação foi reduzida pelas concentrações 4 e 8% do extrato de folhas secas. O comprimento da radícula foi reduzido a partir da concentração 2% do extrato de folhas frescas e secas, e o comprimento de hipocótilo diminuiu na concentração 8% do extrato de folhas frescas. A massa seca total e o conteúdo de água foram similares entre plântulas sob as diferentes concentrações de extratos. Extratos aquosos de rabo-de-bugio apresentam efeito alelopático sobre a germinação e o crescimento inicial de plântulas de picão-preto, sendo os resultados mais drásticos ocasionados pelo extrato de folhas secas.
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