Intervalo hídrico ótimo de um Latossolo Vermelho distrófico sob cerrado nativo e cultivo mínimo com soja

  • Fabricio Tomaz Ramos
  • João Carlos de Souza Maia
  • Marcio William Roque
  • Milson Evaldo Serafim
  • Emílio Carlos de Azevedo
  • Denis Tomás Ramos

Resumo

 

 Entender como os sistemas de produção influenciam a estrutura do solo é importante, pois a compactação excessiva representa uns dos principais entraves à disponibilidade de água às plantas. Nesse contexto, objetivou-se determinar o impacto do sistema de cultivo mínimo em um Latossolo Vermelho distrófico sob soja, em sucessão por oito anos, sobre atributos físicos do solo nas camadas 0-10, 10-20 e 20-30 cm, bem como a correlação destes com o intervalo hídrico ótimo (IHO). Uma área de Cerrado nativo foi utilizada como referência de qualidade física do solo. Verificou-se que a hipótese de que atributos físicos do solo – como densidade (Ds) e matéria orgânica do solo, e macroagregados estáveis via úmida (4-2 mm) – determinados isoladamente, na tentativa de prever possíveis restrições de água no solo para o desenvolvimento das plantas impostas pela degradação estrutural, é válida, já que tais atributos foram correlacionados com o IHO. Comparado ao Cerrado nativo, sob cultivo mínimo de soja, a degradação estrutural do solo foi mais pronunciada na camada de 0-10 cm, reflexo da maior Ds, da menor estabilidade de macroagregados, da matéria orgânica e do grau de floculação do solo, em que mais de 60% das amostras de Ds ficaram acima da Dscrítica (IHO = 0), resultando em um IHO significativamente inferior. Quanto aos parâmetros que delimitam o IHO, observou-se que, sob cultivo mínimo, houve maior proporção de amostras em que a θPA e a θRPlimite (2,0 ou 2,5 MPa) substituíram a θCC e a θPMP, respectivamente. No entanto, a θRPlimite foi o fator que mais competiu para a redução do IHO.

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Biografia do Autor

Fabricio Tomaz Ramos

Progama de Pós-graduação em Agricultura Tropical, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Av. Fernando Corrêa da Costa, nº 2367 - Bairro Boa Esperança. Cuiabá - MT - 78060-900 Fone/PABX: +55 (65) 3615-8618.

João Carlos de Souza Maia
Prof. Dr. do Departamento de Solos e Engenharia Rural da FAMEV-UFMT, Cuiabá, Mato Grosso. Av. Fernando Corrêa da Costa, nº 2367, Bairro Boa Esperança, CEP- 78060-900. Fone: (65) 3615-8699. 
Marcio William Roque
Prof. Dr. Department of Soil Science and Agricultural Engineering of the FAMEV-UFMT, Cuiaba, Mato Grosso. Avenida Fernando Corrêa da Costa, No 2367, Neighborhood Good Hope, CEP-78060-900. Phone: (65) 3615-8699.
Milson Evaldo Serafim
Prof. Dr. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso - Campus Cáceres Av. dos Ramires, S/nº,  Bairro Industrial, CEP- 78200-000. Fone: (65) 3224-1010. 
Emílio Carlos de Azevedo
Prof. Dr. do Departamento de Solos e Engenharia Rural da FAMEV-UFMT, Cuiabá, Mato Grosso. Av. Fernando Corrêa da Costa, nº 2367, Bairro Boa Esperança, CEP- 78060-900. Fone: (65) 3615-8699. 
Denis Tomás Ramos

Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Av. Fernando Corrêa da Costa, nº 2367 - Bairro Boa Esperança. Cuiabá - MT - 78060-900 Fone/PABX: +55 (65) 3615-8618.

Publicado
2012-07-27
Seção
Artigos Científicos