Profile of in vitro-grown aloe plants using different concentrations of 6-benzylaminopurine

Palavras-chave: aloe vera, metabólitos secundários, princípios ativos

Resumo

A babosa possui grande potencial terapêutico, o qual é atribuído aos diversos compostos bioativos presentes em sua composição. Logo, o objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil dos metabólitos secundários e as características morfofisiológicas em plantas de babosa coletadas em épocas distintas e submetidas a diferentes condições de cultivo. Para isso, gemas axilares foram coletas em 2 épocas distintas e cultivadas in vitro em meio de cultura MS contendo ácido naftalenoacético (ANA) e 6-benzilaminopurina (BAP) sob condições controladas durante 30 dias. Em seguida, foi realizada a caracterização morfofisiológica e a análise do perfil de metabolitos produzidos pelas plantas (técnicas HS-SPME/GC-MS). Constatou-se por meio dos resultados que as concentrações de BAP não influenciaram nas características morfofisiológicas das plantas. Quase todas as plantas apresentaram 100% de porcentagem de enraizamento (PR) quando cultivadas in vitro, tanto na ausência quanto na presença de BAP no meio nutritivo. Apenas as plantas submetidas a concentração de BAP de 3 mg L-1 apresentaram PR inferior. O aumento das concentrações de BAP também promoveu a redução da área total dos compostos orgânicos voláteis (COV’s) das plantas. Alguns compostos (hexanal; 2-hexenal; 1-hexanol; 1-nonanol; 2-decanona; beta-ionona) apresentaram diminuição significativa (>0,10%) da sua concentração à medida em que houve aumento da concentração de BAP ao meio de cultivo. Contudo, as plantas cultivadas in vitro apresentaram maior área total e concentração dos COV’s do que as plantas cultivadas in vivo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Olival Teixeira Malta, Faculdade Maria Milza

Graduação em Odontologia e Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente.

Sthefany Hevhanie Vila Verde Souza, Faculdade Maria Milza

Graduanda no curso Bacharelado em Fisioterapia pela Faculdade Maria Milza (FAMAM) pelo Programa Universidade Para Todos (PROUNI). Voluntária do PROINC 2019-2020 na área de Biotecnologia Aplicada à Saúde com linha de pesquisa em Cultura de Tecidos. Membro do Grupo de Pesquisa Biotecnologia Vegetal Aplicada à Saúde e Sustentabilidade da Faculdade Maria Milza (FAMAM).

Mariane de Jesus da Silva de Carvalho, Faculdade Maria Milza

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (2010), mestrado em Recursos Genéticos Vegetais (2013) e doutorado em Ciências Agrárias pela mesma instituição de ensino (2016). Atualmente é Professora Permanente do Programa de Mestrado Profissional em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente e do Programa de Mestrado Profissional em Biotecnologia da Faculdade Maria Milza - FAMAM e, além disso, Professora de Bioestatística (Cursos de Graduação em Enfermagem e Farmácia) e de Estatística (Cursos de Graduação em Ciências Contábeis e Administração) da mesma instituição de ensino. Atua nas áreas de Melhoramento Genético de Plantas, Recursos Genéticos Vegetais, Estatística e Experimentação Agropecuária, com ênfase em planejamento de experimentos, análise estatística de dados e cultura de tecidos de bananeira, bromélias, citros, mandioca, orquídeas e plantas medicinais.

Eva Maria Rodrigues Costa, Faculdade Maria Milza

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Piauí (2007), mestrado em Agronomia ( Melhoramento Genético de Plantas) pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2010) e doutorado em Genética e Melhoramento de Plantas pela Universidade Federal de Lavras (2013).

Paulo Roberto Ribeiro Mesquita, Faculdade Maria Milza

Bacharel em Química (2010), Mestre em Química (2012) e Doutor em Química (2016) pela Universidade Federal da Bahia, sendo aprovado com distinção. Desde o primeiro semestre do curso de graduação (2006) desenvolve atividades de pesquisa no Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento em Química (LPQ-IQ/UFBA), coordenado pelo Prof. Dr. Jailson Bittencourt de Andrade. Também atuou como pesquisador no Centro Tecnológico Agropecuário do Estado da Bahia (CETAB), vinculado à Secretaria de Agricultura do Estado da Bahia, onde desenvolveu pesquisas voltadas à agropecuária baiana, com ênfase no desenvolvimento de métodos de análise de resíduos de agrotóxicos em frutas e na ecologia química aplicada ao manejo de pragas e doenças agrícolas. É docente do curso de Bacharelado em Farmácia da Faculdade Maria Milza (FAMAM), onde também é orientador nos Programas de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente e de Biotecnologia. Também lecionou no curso de Farmácia da Faculdade Maurício de Nassau. Possui experiência na área de Química, atuando principalmente nos seguintes temas: Química ambiental, Métodos analíticos, Cromatografia, Espectrometria de massas, SPME, agrotóxicos, extração e análise de compostos orgânicos voláteis, metabolômica, Leishmaniose, ecologia química de insetos-praga e vetores de doenças, além do desenvolvimento de métodos químicos de diagnóstico de doenças importantes para a agricultura e saúde pública.

Weliton Antônio Bastos de Almeida, Centro Universitário Maria Milza

Possui Graduação em Agronomia pela ESCOLA DE AGRONOMIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (1985), Mestrado em Ciências Agrárias pela Universidade Federal da Bahia (1994) e Doutorado em Fitotecnia pela Universidade de São Paulo (2002). Atualmente é Diretor Geral de Honra da Faculdade Maria Milza e Professor Adjunto Aposentado da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Anatomia e organografia de Plantas, atuando principalmente nos seguintes temas: biotecnologia, cultivo in vitro, micropropagação, cultura de tecidos, anatomia vegetal e plantas medicinais. Colaborador dos Programas de Pós-Graduação da Faculdade Maria Milza: 1 - Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente; 2 - Mestrado em Biotecnologia.

Referências

ANDRADE JUNIOR, F. P.; ACIOLE, I. H. M.; SOUZA, A. K. O.; ALVES, T. W. B.; SOUZA, J. B. P. Uso de babosa (aloe vera l.) como pró – cicatrizante em diferentes formas farmacêuticas: uma revisão integrativa. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, v. 19, n. 2, p. 347-352, 2020. DOI: 10.9771/cmbio.v19i2.31939.

CAMARGO, S.S.; MENEGUZZI, A.; RUFATO, L. Cultivo in vitro do cultivar italiano de morangueiro Pircinque. Acta Biológica Catarinense, v. 7, n. 1, p. 57-74, 2020. DOI: 10.21726/abc.v7i1.161.

CARVALHO, R. A.; LIMA, A. M. C.; PEREIRA, A. I. S.; LOPES SOBRINHO, O. P.; RIBEIRO, A. A.; COSTA, S. T. S.; LOPES, T. Y. A. Potencialidades Farmacológicas da Babosa: um estudo realizado por meio das técnicas de prospecção científica e tecnológica. Cadernos de Prospecção, v. 13, n. 1, p. 184-196, 2020. DOI: 10.9771/cp.v13i1.32555.

COTA, C. G.; SILVA, M. S. A.; MARTINS, E. R.; FERNANDES, L. A.; MAGALHÃES, J. R.; BRITO, T. R. Atributos do solo, crescimento inicial e teor de flavonoides em mudas de fava-d`anta sob níveis de saturação por bases. Revista de Ciências Agrárias, v. 42, n. 1, 2019. DOI: 10.19084/RCA17341.

DANIAL, G. H.; IBRAHIM, D. A.; YOUSEF, A. N.; ELYAS, S. B. Rapid protocol of Aloe vera in vitro propagation. Iraqi Journal of Agricultural Sciences, v. 50, n. 5, p. 1377-1382, 2019. DOI: 10.36103/ijas.v50i5.804.

DEBIASI, C., SILVIA, C. AND PESCADOR, R. Micropropagation of Aloe vera L. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 9, p. 36-43, 2007.

EL-SHEMY, H.A.; ABOUL-SOUD, M.A.; NASSR-ALLAH, A.A.; ABOUL-ENEIN, K.M.; KABASH, A.; YAGI, A. ANTITUMOR properties and modulation of antioxidant enzymes activity by Aloe vera leaf active principles isolated via supercritical carbon dioxide extraction. Current Medicinal Chemistry, vol. 17, n. 2, p. 129-38, 2010. DOI: 10.2174/092986710790112620.

FERREIRA, E. B.; CAVALCANTI, P. P.; NOGUEIRA, D. A. ExpDes.pt: Pacote Experimental Designs (Portuguese). R package version 1.2.0. 2018.

GOBBO-NETO, L.; LOPES, N.P. Plantas medicinais: fatores de influência no conteúdo de metabólitos secundários. Química Nova, v. 30, p. 374-381, 2007. DOI: 10.1590/S0100-40422007000200026.

GOMES-CARNEIRO, M.R.; DE-OLIVEIRA, A.C.A.X.; DE-CARVALHO, R.R.; ARAUJO, I.B.; SOUZA, C.A.M.; KURIYAMA, F.J.R.; PAUMGARTTEN, F.J.R. Inhibition of cyclophosphamide-induced teratogenesis by beta-ionone. Toxicology, v. 38, p. 205-213, 2003. DOI: 10.1016/s0378-4274(02)00413-7.

JANG, T. Y.; PARK, C.-S.; KIM, K.-S.; HEO, M.-J.; KIM, Y. H. Benzaldehyde suppresses murine allergic asthma and rhinitis. International Immunopharmacology, v. 22, n. 2, p. 444-450, 2014. DOI: 10.1016/j.intimp.2014.07.029.

JUIZ, P. J. L.; SILVA, F.; CAMPOS, M. J. A.; UETANABARO, A. P. T.; ALVES, R. J. C.; LUCCHESE, A. M. Atividade antimicrobiana do óleo essencial de ocimum americanum e ocimum basilicum sobre periodontopatógenos. Brazilian Journal of Periodontology, v. 26, n. 4, 2016.

LEITE, T.O.C. Benzaldehyde (CAS 100-52-7). Revista Virtual de Química, v. 12, p. 183-195, 2020. DOI: 10.21577/1984-6835.20200015.

LIMA, C. S. M.; BANDEIRA, J. M.; RUBIN, S.; RIBEIRO, M. V.; BENITEZ, L.; PETERS, J. A.; BRAGA, E. J. B. Influência de fitorreguladores no crescimento in vitro de partes aérea de Mentha viridis. Revista Brasileira de Biociências, v. 5, n. 2, p. 669-671, 2007.

LORENZI, H.; MATOS, F.J.A. Plantas medicinais no Brasil - Nativas e exóticas. 2.ed. São Paulo: Instituto Plantarum, 2008, 244p.

MINJARES-FUENTES & FEMENIA. A. Aloe vera. In: Nonvitamin and Nonmineral Supplements. Academic Press, 2019, p. 145-152. DOI: 10.1016/B978-0-12-812491-8.00020-5.

MOLSAGHI, M.; MOIENI, A.; KAHRIZI, D. Efficientprotocol for rapid Aloe vera micropropagation. Pharmaceutical Biology, v. 52, p. 735-739, 2014. DOI: 10.3109/13880209.2013.868494.

MURASHIGE, T.; SKOOG, F. A. A revised medium for rapid growth and bioassays with tobacco tissue cultures. Physiologia Plantarum, v. 15, p. 473-497, 1962. DOI: 10.1111/j.1399-3054.1962.tb08052.x.

OGUNWANDA, I. A.; AVOSEH, O. N.; OLASUNKANMI, K. N.; LAWAL, O. A.; ASCRIZZI, R.; FLAMINI, G. Chemical composition, anti-nociceptive and antiinflammatory activities of essential oil of Bougainvillea glabra. Journal of Ethnopharmacology, v. 232, p. 188-192, 2019. DOI: 10.1016/j.jep.2018.12.017.

PARENTE, L. M. L.; CARNEIRO, L. M.; TRESVENZO, L. M. F.; GARDIN, N. E. Aloe vera: características botânicas, fitoquímicas e terapêuticas Aloe vera. Arte Médica Ampliada, v. 33 n. 4, 2013.

PÉREZ-ALONSO, N.; CAPOTE, A.; PÉREZ, A.; GÓMEZ, L.; JIMENEZ, E. Establecimiento y multiplicación in vitro de brotes de Aloe vera. Biotecnología Vegetal, v. 15, n. 2, p. 85 - 95, 2015.

SOUZA, J. C.; RESCAROLLI, C. L. S.; NUNEZ, C. V. Produção de metabólitos secundários por meio da cultura de tecidos vegetais. Revista Fitos, v. 12, n. 3, p. 269 – 280, 2018.

SURJUSHE, A.; VASANI, R.; SAPLE, D. G. Aloe vera: A short review. Indian Journal of Dermatology, v.53, n.4, p.163-66, 2008. DOI: 10.4103/0019-5154.44785.

ULLAH, I.; KHAN, A. L.; ALI, L.; KHAN, A. R.; WAQAS, M.; HUSSAIN, J.; LEE, I.-J.; SHIN, J.-H. Benzaldehyde as an insecticidal, antimicrobial, and antioxidant compound produced by Photorhabdus temperate M1021. Journal of Microbiology, v. 53, n. 2, p. 127-133, 2015. DOI: 10.1007/s12275-015-4632-4.

Publicado
2021-12-17
Seção
Artigos Científicos