Composição e pH de silagem de cana-de-açÚcar com aditivos químicos e microbiológicos
Resumo
A colheita da cana-de-açúcar para ensilagem pode ser uma alternativa ao manejo alimentar tradicional da forrageira fresca. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de aditivos químicos e microbiológicos sobre a silagem da cana-de-açúcar. Um arranjo fatorial 4 x 3 de tratamentos foi aplicado à forrageira ensilada em 288 baldes plásticos. Os aditivos químicos avaliados foram: sem aditivo químico, sorbato de potássio (0,05%), uréia (1%) e cal hidratada (1%). Os aditivos microbiológicos foram: sem aditivo microbiológico, Lactobacillus plantarum e Lactobacillus buchneri (1x106 UFC/g). Cada uma das doze combinações possíveis de tratamentos foi replicada seis vezes em cada dia de abertura dos silos: 7, 14, 28 e 77 dias após a ensilagem. A cal reduziu o teor de FDN de 79,9% da MS para 69,2% (P<0,01). A uréia e a cal aumentaram o pH da silagem, o aumento foi pronunciado no dia 77 (P<0,01 para a interação entre aditivo químico e dia de abertura). Este maior pH foi associado à ocorrência apenas no dia 77 de 39% de silagens com fermentação clostrídica com a uréia e 56% com a cal (P<0,01). A associação de sorbato de potássio com os inoculantes microbianos aumentou o teor de MS aos 7 e aos 77 dias de ensilagem, enquanto a associação de uréia com os inoculantes só afetou positivamente o teor de MS aos 77 dias. O uso de cal, em cana ensilada por menos de 28 dias, pode reduzir o teor de fibra deste alimento. Aditivos que aumentaram o pH da silagem induziram fermentação clostrídica em armazenagem prolongada da forragem.
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