Adaptabilidade e estabilidade de híbridos de girassol convencional e alto oleico na Região Sul do Brasil

  • Claudio Guilherme Portela de Carvalho Embrapa Soja Rodovia Carlos |João Strass C.P. 231 Londrina - PR 86001-970
  • Anna Karolina Grunvald Embrapa Soja
  • Ana Cláudia Barneche de Oliveira Embrapa Clima temperado
  • João Leonardo Fernandes Pires Embrapa Trigo
  • Helio Wilson Lemos de Carvalho Embrapa tabuleiros Costeiros
  • Ivênio Rubens de Oliveira Embrapa Milho e Sorgo

Resumo

 

 O óleo de sementes de genótipos convencionais de girassol apresenta, geralmente, teores de 55 a 65% de ácido graxo linoleico, que pode reduzir o colesterol plasmático total e a fração LDL-colesterol, além de reduzir os riscos de doenças cardiovasculares. Além dos convencionais, genótipos mutantes têm sido obtidos com teores superiores a 80% de ácido graxo oleico, cujo óleo possui maior estabilidade na fritura, além de trazer benefícios à saúde. O objetivo do presente trabalho foi comparar métodos e avaliar a adaptabilidade e a estabilidade de rendimento de grãos e de óleo de genótipos de girassol convencional e alto oleico na Região Sul do Brasil, uma das regiões promissoras para o seu cultivo. Os dados dos componentes de rendimento foram obtidos entre 2008 e 2010, de ensaios conduzidos em delineamento de blocos casualizados, em diferentes locais dos Estados do Rio Grande do Sul e do Paraná. O estudo de adaptabilidade e estabilidade foi feito por meio dos métodos Eberhart e Russell, Rocha et al., Lin e Binns modificado por Carneiro, Annicchiarico, e Porto, Carvalho e Pinto. Os híbridos convencionais V 50070 e Paraíso 20 tiveram adaptabilidade a ambientes favoráveis e desfavoráveis para os dois componentes de rendimento. Os três últimos métodos apresentaram grande similaridade e possibilitaram ainda selecionar genótipos com desempenho em ambientes específicos, mesmo quando não se destacaram na média geral. Os híbridos EXP 1450 (alto oleico) e PARAÍSO 33 (convencional) foram indicados para ambientes desfavoráveis e favoráveis, respectivamente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANNICCHIARICO, P. Cultivar adaptation and recommendation from alfalfa trials in Northern Italy. Journal of Genetics and Plant Breeding, v. 46, n. 3, p. 269-278, 1992.

CARVALHO, C.G.P. de; OLIVEIRA, M.F. de; ARIAS, C.A.A.; CASTIGLIONI, V.B.R.; VIEIRA, O.V.V.; TOLEDO, J.F.F. Categorizing coefficients of variation in sunflower trials. Crop Breeding and Applied Biotechnology, v.3, n. 2, p. 69-76, 2003.

CRUZ, C D.; CARNEIRO, P. C. S. Modelos Biométricos Aplicados ao Melhoramento Genético, Viçosa: UFV, 2006. 585 p.

CRUZ, C. D. Programa Genes: versão Windows; aplicativo computacional em genética e estatística. Viçosa: UFV, 2006. 648p.

EBERHART, S.A.; RUSSELL, W.A. Stability parameters for comparing varieties. Crop Science, v.6, n. 1, p. 36-40, 1966.

FULLER, M.; DIAMOND, J.; APPLEWHITE, T. High oleic safflower oil. Stability and chemical modification. Journal of the American Oil Chemists’ Society. v. 44, n.4, p. 264-267, 1967.

GRUNVALD, A.K.; CARVALHO, C.G.P.de; OLIVEIRA, A.C.B de; ANDRADE, C.A.B. Adaptabilidade e estabilidade de genótipos de girassol no Brasil Central. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 43, n. 11, p. 1483-1493, 2008.

GRUNVALD, A.K.; CARVALHO, C.G.P. de; OLIVEIRA, A.C.B de; ANDRADE, C.A.B. Adaptabilidade e estabilidade de genótipos de girassol nos estados do Rio Grande do Sul e Paraná. Ciência e Agrotecnologia, v.33, n. 9, p. 1195-1204, 2009.

GRUNVALD, A.K.; CARVALHO, C.G.P. de; LEITE, R. S.; MANDARINO, J. M. G.; ANDRADE, C. A. B.; AMABILE, R. F.; GODINHO, V. P. C. Influence of temperature on the fatty acid composition os the oil from sunflower genotypes grown in tropical regions. Journal of the American Oil Chemists’ Society, v. 90, n. 4, p. 545-553, 2013.

LEITE, R.M.V.B.C.; BRIGHENTI, A.M.; CASTRO, C. de. Girassol no Brasil. Londrina: Embrapa Soja, 2005. 613p.

LIN, C.S.; BINNS, M.R. A Superiority measure of cultivar performance for cultivar x location data. Canadian Journal of Plant Science, v. 68, n. 1, p. 193-198, 1988.

MILLER, J.F.; ZIMMERMAN, D.C.; VICK, B.A. Genetic Control of High Oleic Acid Content in Sunflower Oil. Crop Science. v.27, n.5, p. 923-926, 1987.

OLIVEIRA, M.F. de; CASTIGLIONI, V. B. R.; CARVALHO, C. G. P. de. Melhoramento do girassol. In: LEITE, R. M. V. B. C.; BRIGHENTI, A. M.; CASTRO, C. (Eds.). Girassol no Brasil. 1. ed. Londrina: Embrapa Soja, 2005. p.269 297.

PIMENTEL GOMES, F. Curso de estatística experimental. São Paulo: ESALQ, 1985. 468p.

PORTO, W.S., CARVALHO, C.G.P de; PINTO, R.J.B. Adaptabilidade e estabilidade como critérios para seleção de genótipos de girassol. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.42, n. 4, p.491-499, 2007.

PORTO, W.S., CARVALHO, C.G.P de; PINTO, R.J.B.; OLIVEIRA, M.F.de; OLIVEIRA, A. C.B. de. Evaluation of sunflower cultivar for central Brazil. Scientia Agricola, v.65, n. 2, p.139-144, 2008.

PORTO, W.S., CARVALHO, C.G.P de; PINTO, R.J.B.; OLIVEIRA, M.F. de; OLIVEIRA, A.C.B. de. Adaptabilidade e estabilidade de genótipos de girassol para a região subtropical do Brasil. Ciência Rural, v.39, n. 9, p. 2452-2459, 2009.

ROCHA, R.B.; MURO ABAD, J.I.; ARAÚJO, E.F.; CRUZ, C.D. Avaliação do método centróide para estudo de adaptabilidade ao ambiente de clones de Eucalyptus grandis. Ciência Florestal, v.15, n. 3, p.255 266, 2005.

SALERA, E.; BALDINI, M. Performance of High and Low Oleic Acid Hybrids of Sunflower Under Different Environmental Conditions. Helia, v. 21, n. 28, p. 55-68, 1998.

VERMA, M.M.; CHAHAL, G.S.; MURTY, B.R. Limitations of conventional regression analysis: a proposed modification. Theoretical and Applied Genetics, v. 53, n. 2, p. 89-91, 1978.

Publicado
2014-07-03
Seção
Artigos Científicos