Atributos microbiológicos em cultivos de cana‑de-açúcar sob métodos de preparo do solo

  • Francisco Pereira Paredes Junior Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul
  • Irzo Isaac Rosa Portilho Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul / Embrapa Agropecuária Oeste
  • Laércio Alves Carvalho Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul
  • Fábio Martins Mercante Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul/Embrapa Agropecuária Oeste

Resumo

 

 O entendimento dos processos relacionados aos atributos microbiológicos do solo, que podem ser utilizados como indicadores da qualidade ambiental, promove uma melhor funcionalidade dos agroecossistemas, atuando diretamente na conservação do solo. O estudo visou a avaliar o efeito de sistemas de preparo do solo em cultivos de cana-de-açúcar na biomassa microbiana do solo e índices derivados (quociente metabólico e quociente microbiano). As amostras de solo foram coletadas no período de 2010 a 2011, na Usina Eldorado (Grupo ETH), no Município de Rio Brilhante-MS, em Latossolo Vermelho Distrófico. Foram avaliados sistemas com as seguintes características: a) preparo convencional I (PCI), composto por duas gradagens (grade aradora), uma subsolagem até a profundidade de 45 cm e uma gradagem niveladora; b) preparo convencional II (PCII), após dessecação com herbicida glifosate, utilizando grade pesada até 20 cm de profundidade, grade intermediária até 10 cm, aração até 40 cm e grade niveladora; c) preparo convencional III (PCIII), com duas gradagens (grade aradora) e uma gradagem niveladora; d) subsolagem (S) até a profundidade de 45 cm, e e) cultivo mínimo (CM), com controle de plantas daninhas, utilizando-se glifosate, sem revolvimento do solo. Uma área adjacente, com vegetação nativa, foi incluída no estudo como referencial da condição original do solo. As coletas de solo foram realizadas na profundidade de 0-10 cm, com cinco amostras compostas, oriundas de oito subamostras, coletadas com intervalos de dez metros entre si, ao longo de um transecto. Entre os sistemas de preparo de solo avaliados, verificou-se que o sistema CM apresentou as melhores condições de manejo para o desenvolvimento dos microrganismos; por outro lado, o sistema S propiciou os menores valores para o carbono da biomassa microbiana e a respiração basal.

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Biografia do Autor

Francisco Pereira Paredes Junior, Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul
Graduado em Agronomia pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS (2009). Atualmente é mestrando no Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Produção Vegetal) da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Bolsista da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (FUNDECT). Desenvolve ações de pesquisa na Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados-MS com ênfase em Manejo e Conservação do Solo, atuando principalmente nos seguintes temas: Matéria orgânica e indicadores biológicos de qualidade em sistemas de produção .
Irzo Isaac Rosa Portilho, Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul / Embrapa Agropecuária Oeste

Graduado em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário da Grande Dourados – UNIGRAN (2007). Pós-graduado em Gestão Tecnológica no Setor Sulcroalcoleiro (2010). Atualmente, é mestrando no Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Desenvolve ações de pesquisa na Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados-MS, com ênfase em Manejo e Conservação do Solo, atuando principalmente nos seguintes temas: Indicadores biológicos de qualidade do solo em sistemas de produção e macrofauna edáfica.

Laércio Alves Carvalho, Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul
possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal da Bahia (2000), mestrado em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (2003), doutorado em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (2006) e Pós-doutorado pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2010). Atualmente é professor efetivo do curso de Engenharia Ambiental da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, docente permanente dos Programas de Mestrado em Agronomia e do Mestrado/Doutorado em Recursos Naturais da mesma Instituição. Também é coordenador da Câmara Especializada em Agronomia (CREA-MS). Tem experiência na área de Agronomia e Meio Ambiente, com ênfase Solos, atuando principalmente nos seguintes temas: manejo e conservação do solo em áreas de cana-de-açúcar, água no solo,  geoestatística e meio ambiente
Fábio Martins Mercante, Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul/Embrapa Agropecuária Oeste

Engenheiro Agrônomo, com Doutorado em Agronomia, na área de concentração em Ciência do Solo, pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1997). Desde 1998 é pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados, MS. Docente do Curso de Pós-graduação (Mestrado) em Agronomia, área de concentração em Produção Vegetal, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, desde 2009. Docente do Curso de Pós-graduação (Mestrado) em Ciências Biológicas, área de concentração em Bioprospecção, da Universidade Federal da Grande Dourados, desde 2010. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq.

Publicado
2014-05-02
Seção
Artigos Científicos