Potencial de uso da madeira de Liquidambar sp. para produção de polpa celulósica e papel
Resumo
Apesar do mercado brasileiro de celulose de fibra curta estar restrito ao gênero Eucalyptus, novas espécies podem ser utilizadas para esse fim, desde que apresentem propriedades tecnológicas satisfatórias. O objetivo deste trabalho foi avaliar as propriedades tecnológicas da madeira de Liquidambar sp. e delinear o seu potencial como fonte de fibra alternativa para a produção de polpa celulósica e papel. Foram utilizadas três árvores dessa espécie, com oito anos de idade, de um plantio localizado no município de Guaçuí, Espírito Santo, com espaçamento de 3 × 3 m. Determinou-se a densidade básica, a morfologia das fibras (comprimento, largura, diâmetro do lume e espessura da parede) e vasos (frequência e diâmetro tangencial), os índices de qualidade das fibras e a composição química (extrativos, lignina solúvel, insolúvel e total e holocelulose) da madeira. A densidade básica média foi igual a 0,49 g cm-3, que está dentro da faixa considerada “ótima” à produção de polpa celulósica. Com relação as características anatômicas, destacou-se a presença de fibras classificadas como longas, sendo esta uma vantagem no uso da madeira para produção de celulose, por favorecer a resistência ao rasgo e a dobras do papel. Com exceção do teor de extrativos, que apresentou valores superiores, a composição química foi semelhante àquela encontrada para a madeira de algumas espécies de eucalipto. Estudos deverão ser realizados para avaliar o desempenho da espécie na polpação Kraft, no branqueamento e quanto as propriedades da polpa celulósica e papel.
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