Cultivo in vitro de Vanda tricolor Lindl. em meios de cultura simplificados
Resumo
As orquídeas do gênero Vanda são apreciadas pela exuberância de suas floradas e, diferentemente de outras orquídeas, essas plantas, de crescimento lento e monopodial, não apresentam brotações laterais que dão origem a novas mudas, características estas que lhes conferem alto valor de mercado. Então, para produzi-las em escala comercial, é preciso recorrer às técnicas de propagação in vitro, em que o meio de cultura adequado é um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento das plântulas. Plântulas de Vanda tricolor, aos 150 dias de idade, foram subcultivadas em meio MS e meios de cultura à base de fertilizantes comerciais, com e sem adição de polpa de banana ‘Nanica’ (100 g L–1). O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, composto por 12 tratamentos e seis repetições, com sete plântulas. Aos 180 dias, avaliaram-se as variáveis: área foliar; número de folhas e raízes; comprimento médio do sistema radicular e a matéria seca das folhas, raízes e total. Conclui-se que é possível utilizar o meio simplificado à base de fertilizante Biofert® (08-09-09) acrescido de polpa de banana em substituição ao meio MS para o desenvolvimento in vitro de V. tricolor
Downloads
Referências
ARAÚJO, A. G.; PASQUAL, M.; VILLA, F.; COSTA, F. C. Água de coco e polpa de banana no cultivo in vitro de plântulas de orquídea. Revista Ceres, v. 53, n. 310, p. 608-613, 2006.
ARDITTI, J. Micropropagation of orchids. California: A Wiley – Interscience Publication, 2008. v. 1.
CID, L. P. B. Cultivo in vitro de plantas. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2010. 303 p.
COLOMBO, R. C.; FAVETTA, V.; FARIA, R. T. Fertilizantes comerciais e polpa de banana no cultivo in vitro de um híbrido de Phalaenopsis (Orchidaceae). Revista Ceres, v. 59, n.6, p. 873-876, 2012
DEUNER, S.; NASCIMENTO, R.; FERREIRA, L. S.; BADINELLI, P. G.; KERBER, R. S. Adubação foliar e via solo de nitrogênio em plantas de milho em fase inicial de desenvolvimento. Ciência e Agrotecnologia, v. 32, n. 5, p. 1359-1365, 2008.
FARIA, R. T.; ASSIS, A. M.; UNEMOTO, L. K.; CARVALHO, J. F. R. P. Produção de Orquídeas em Laboratório. Londrina: Mecenas, 2012. 124 p.
MURASHIGE, T.; SKOOG, F. A revised medium for rapid growth and biossays with tobacco tissue culture. Physiologia Plantarum, v. 15, p. 473-497, 1962.
PEDROSO-DE-MORAES, C.; SANTOS, N. S.; MASSARO, R.; CORDEIRO, G. M.; LEAL, T. de S. Desenvolvimento in vitro de Cattleya tigrina A. Richard (Orchidaceae) utilizando fertilizantes comerciais. Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, v. 13, n. 2, p. 57-65, 2009.
SEENI, S.; LATHA, P. G. In vitro multiplication and ecorehabilitation of the endangered blue Vanda. Plant Cell Tissue and Organ Culture, v. 61, p.1-8, 2000.
SIMÃO, S. Manual de Fruticultura. São Paulo: Editora Agronômica Ceres Ltda., 1971, 530 p.
STANCATO, G. C.; ABREU, M. F.; FURLANI, A. M. C. Crescimento de orquídeas epífitas in vitro: adição de polpa de frutos. Bragantia, v. 67, n. 1, p. 51-57, 2008.
STANCATO, G. C.; NÉRI, F. C. S.; TAVARES, A. R. Micropropagação de violeta africana. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, v. 15, n. 2, p. 165-170, 2009.
SU, M. J.; SCHNITZER, J. A.; FARIA, R. T. Polpa de banana e fertilizantes comerciais no cultivo in vitro de orquídea. Científica, v. 40, n. 1, p. 28–34, 2012.
SUTTLEWORTH, F. S.; ZIM, H.; DILLON, G. Orquídeas: guia dos orquidófilos. 4 ed. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1993. 158 p.
UNEMOTO, L. K.; FARIA, R. T.; VIEIRA, A. O. S.; DALIO, R. J. D. Propagação in vitro de orquídeas brasileiras em meio de cultura simplificado. Revista Brasileira Agrociência, v. 13, n. 2, p. 267-269, 2007.
VIEIRA, J. G. Z.; UNEMOTO, L. K.; YAMAKAMI, J. K.; NAGASHIMA, G. T.; FARIA, R. T.; AGUIAR, R. S. Propagação in vitro e aclimatização de um híbrido de Cattleya Lindl. (Orchidaceae) utilizando polpa de banana e água de coco. Científica, v. 37, n. 1, p. 48 - 52, 2009.
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação. Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho em repositório institucional ou como capítulo de livro, desde que citem a Revista. Como o acesso aos artigos da Revista é gratuito, estes não poderão ser utilizados para fins comerciais. Os conteúdos publicados são de inteira e exclusiva responsabilidade de seus autores. No entanto, os editores poderão proceder a ajustes textuais, de adequação às normas da Revista e à ajustes ortográfico e gramatical, visando manter o padrão culto da língua e do periódico. A não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorias (Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998).