POTENCIAL MADEIREIRO E FLORÍSTICO DE DUAS ÁREAS DE FLORESTA PRIMÁRIA COM DIFERENTES NÍVEIS DE ALTERAÇÃO ANTRÓPICA, LOCALIZADAS NA VILA BOA ESPERANÇA, EM MOJU, PARÁ

  • Leonilde dos Santos Rosa Universidade Federal Rural da Amazônia
  • Benno Pokorny

Resumo

Avaliou-se o potencial madeireiro e florístico de duas áreas de floresta primária localizadas
na Vila Boa Esperança, em Moju, Pará. Dessa forma, realizou-se um inventario florestal em duas
áreas: 30 ha de floresta primária explorada seletivamente somente na década de 1970 (floresta tipo I)

e 50 ha de floresta explorada na 1970 e nas décadas seguintes (floresta do tipo II). A análise florística em 1,5 ha da floresta tipo I revelou a presença de 348 árvores com DAP 20 cm, pertencentes a 29 famílias, 59 gêneros e 84 espécies; enquanto que em 2,7 ha de floresta tipo II foram registradas 426 árvores, distribuídas em 32 famílias, 65 gêneros e 88 espécies. Nas duas áreas de estudo, as espécies com os maiores índices de valor de importância foram a Eschweilera corrugata e Eschweilera coriaceae. O volume de madeira de espécies comerciais com DAP ≥ 20cm na floresta tipo I foi de 118,79 m3/ha, enquanto que na floresta tipo II foi de 50,00 m3/ha. O volume comercial para as arvores com DAP ≥ 45cm na floresta pouco explorada foi de 79,9193m3/ha, enquanto o volume de estoque (árvores com DAP≥ 20cm e < 45cm) foi de 28,546m3/ha. A floresta bastante explorada, por sua vez, apresentou um volume comercial de apenas 27,220m3/ha e um estoque de 15,502m3/ha. Portanto, a exploração florestal desordenada provocou mudanças na composição florística e na estrutura da floresta, alem de graves danos ao estoque das espécies florestais de valor econômico, reduzindo drasticamente a densidade, a área basal e o volume comercial dessas espécies. Mesmo assim, a floresta remanescente na área de estudo, ate o momento da realização desta pesquisa, ainda apresentava grande potencial madeireiro e floristico, podendo ser manejada de forma sustentável, desde que mantida.

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Publicado
2016-07-13
Seção
Artigos Científicos