Manejo da adubação orgânica e mineral na cultura da melancieira no semiárido paraibano segunda safra
Resumo
A busca por alternativas de adubação que diminuam ou até mesmo eliminem a utilização de fertilizantes minerais industrializados é uma realidade dentre os pequenos e médios produtores agrícolas nordestinos. O objetivo do trabalho foi avaliar as respostas morfofisiológicas da melancieira, em um cultivo sucessivo, à aplicação de doses de NPK, utilizando diferentes proporções de adubos minerais e orgânicos. O experimento foi realizado em uma área da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campus Pombal – PB (6º 48’ 16”S e 37º 49’ 15”W), durante o período de outubro de 2013 a janeiro de 2014. O delineamento foi em blocos ao acaso, com quatro repetições, dispostos em esquema fatorial 3 × 5. No fator (A), foram alocadas as doses de 50%, 100% e 150% da recomendação de NPK para melancieira e, no fator (B), cinco proporções de adubo mineral e orgânico (100/0, 75/25, 50/50, 25/75 e 0/100). A dose de 50% da recomendação de NPK favoreceu a maior atividade fotossintética das plantas de melancia no segundo ciclo de cultivo. Não houve diferença entre as concentrações de nutrientes estudadas no segundo ciclo da melancieira sobre os aspectos de produção e qualidade dos frutos, podendo-se optar pela menor concentração de nutrientes, 50%. Não houve diferença entre as proporções de adubo mineral e orgânico estudadas no segundo ciclo da melancieira sobre os aspectos de produção e qualidade dos frutos, podendo-se optar pela adubação orgânica sem perdas de rendimento.
Downloads
Referências
ANDA (Associação Nacional para Difusão de Adubos). Anuário estatístico do setor de fertilizantes. São Paulo, 2010.
ANDRADE JUNIOR, W. P.; PEREIRA, F. H. F.; FERNANDES, O. B.; QUEIROGA,R. C. F.; QUEIROGA, F. M. Efeito do nitrato de potássio na redução do estresse salino no meloeiro. Revista Caatinga, v. 24, n.3, p. 110-119, 2011.
BARROS, M. M.; ARAÚJO, W. F.; NEVES, L. T. B. C.; CAMPOS, A. J.; TOSIN, J. M. Produção e qualidade da melancia submetida a adubação nitrogenada. Revista Brasileira Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 16, n. 10, p. 1078-1084, 2012.
BERTOL, O. J.; RIZZI, N. E.; FAVARETTO, N. LANA, M. C. Phosphorus loss by surface runoff in no-till system undermineral and organic fertilization. Scientia Agricola, v. 67, n. 1, p. 71-77, 2010.
BORGES, L. S.; GUERRERO, A. C.; GOTO, R.; LIMA, G. P. P. Productivity and accumulation of nutrients in plants of jambu, under mineral and organic fertilization mineral. Semina: Ciencias Agrarias, v. 34, n. 1, p. 83, 2013.
CARVALHO, L. C. C.; BEZERRA, F. M. L.; CARVALHO, M. A. R. Evapotranspiração e coeficientes de cultivo da melancia sem sementes. Revista Ciência Agronômica, v. 39, n. 01, p. 53-59, 2007.
DUARTE, T. S.; PEIL, R. M. N. Relações fonte, dreno e crescimento vegetativo do meloeiro. Horticultura Brasileira, v. 28, n. 3, p. 271-276, 2010.
FURTINI NETO, A. E.; VALE, F. R.; RESENDE, A. V.; GUILHERME, L. R. G.; GUEDES, G. A. A. Fertilidade do solo. Lavras: UFLA/FAEPE, 2001. 252p.
GRANGEIRO, L. C.; CECÍLIO FILHO, A. B. Acúmulo e exportação de nutrientes em melancia sem sementes. Científica, v. 33, n. 1, p.69-74, 2004.
HERENCIA, J. F.; GARCÍA-GALAVÍS, P. A.; DORADO, J. A. R.; MAQUEDA, C. Comparison of nutritional quality of the crops grown in an organic and conventional fertilized soil. Scientia Horticulturae, v. 129, n. 4, p. 882-888, 2011.
IAL - Instituto Adolfo Lutz. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 1º ed. 2008, 1020p.
IBGE. Produção agrícola municipal. Culturas temporárias e permanentes. Brasil, v. 37, p. 1-91, 2010.
IBRAM. Informações e análises da economia mineral brasileira, 7ª Edição, 68 p, 2012.
KOYORO, H. W.; HUSSAIN, T.; HUCHZERMEYER, B.; AJMAL KHAN, M. A. Photosynthetic and growth responses of a perennial halophytic grass Panicum turgidum to increasing NaCl concentrations. Environmental and Experimental Botany, v. 91, n. 7, p. 22-29, 2013.
LEÃO, D. S. S.; PEIXOTO, J. R.; VIEIRA, J. V.; ARTHUR BERNARDES CECÍLIO FILHO, A. B. Produtividade de melancia em diferentes níveis de adubação química e orgânica. Bioscience Journal, v. 24, n. 4, p. 32-41, 2008.
MELO, L. C. A.; SILVA, C. A.; DIAS, B. O. Caracterização da matriz orgânica de resíduos de origens diversificadas. Revista Brasileira de Ciências do Solo, v. 32, n. 1, p. 101-110, 2008.
MUELLER, S.; WAMSER, A. F.; SUZUKI, A.; BECKER, W. F. Produtividade de tomate sob adubação orgânica e complementação de adubos minerais. Horticultura Brasileira, v. 31, n. 1, p. 86-92, 2013.
OLIVEIRA FILHO, Francisco de Sales. Adubação Orgânica e Mineral na cultura da melancieira no semiárido paraibano, 2014. 76p. Dissertação (Mestrado em Horticultura Tropical)-Universidade Federal de Campina Grande, Pombal – PB.
PIRES, J. F.; JUNQUEIRA, A. M. R. Impacto da adubação orgânica na produtividade e qualidade das hortaliças. Horticultura Brasileira, v. 19, n. 2, p. 195, 2001.
POLAT, E.; DEMIR, H.; ERLER, F. Yield and quality criteria in organically and conventionally grown tomatoes in Turkey. Scientia Agrícola, v. 67, n. 4, p. 424-429, 2010.
RODRIGUES, G. S. O.; TORRES, S. B.; LINHARES, P. C. F.; FREITAS, R. S.; MARACAJÁ, P. B. Quantidade de esterco bovino no desempenho agronômico da rúcula (Eruca sativa L.), cultivar cultivada. Revista Caatinga, v. 21, n. 1, p. 162-168, 2008.
SAMPAIO, E V. S. B.; OLIVEIRA, N. M. B.; NASCIMENTO, P. R. F. Eficiência da adubação orgânica com esterco bovino e com Egeria densa. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 31, n. 5, p. 995-1002, 2007.
SILVA, M. V. T.; Chaves, S. W. P.; Medeiros, J. F.; Souza, M. S.; Santos, A. P. F. Crescimento de melancieira fertirrigadas sob ótimas condições de adubação nitrogenada e fosfatada. Agropecuária Científica no Semiárido, v. 9, n. 4, p. 61-66, 2012.
SIMÕES, M. L.; SILVA, W. T. L.; SAAB, S. C.; SANTOS, L. M.; MARTIN-NETO, L. Caracterização de adubos orgânicos por espectroscopia de ressonância paramagnética eletrônica. Revista Brasileira de Ciências do Solo, v. 31, n. 6, p. 1319-1327, 2007.
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação. Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho em repositório institucional ou como capítulo de livro, desde que citem a Revista. Como o acesso aos artigos da Revista é gratuito, estes não poderão ser utilizados para fins comerciais. Os conteúdos publicados são de inteira e exclusiva responsabilidade de seus autores. No entanto, os editores poderão proceder a ajustes textuais, de adequação às normas da Revista e à ajustes ortográfico e gramatical, visando manter o padrão culto da língua e do periódico. A não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorias (Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998).