EFEITO RESIDUAL DA APLICAÇÃO DE CALCíRIO SOBRE A PRODUÇÃO DO ARROZ IRRIGADO EM SOLOS DE VíRZEA DO RIO PARí
Resumo
Os solos de várzea do estado do Pará apresentam, geralmente, boa capacidade produtiva. Contudo, não se conhece o efeito da aplicação de calcário sobre o arroz irrigado, em cultivo rotacionado. Nesse sentido, realizou-se um experimento com o objetivo de avaliar o efeito residual da aplicação de calcário sobre a produção do arroz irrigado após o cultivo do caupi. O trabalho foi conduzido em casa-de-vegetação no Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), em Belém, PA. Foram usadas amostras de Gleissolos coletadas em três várzeas do rio Pará, na camada de 0 a 20 cm de profundidade. Os locais de coleta foram: várzea da UFRA, Belém; várzea próxima à Alça Viária/Moju e várzea do município de Vigia. O delineamento experimental usado foi o inteiramente casualizado, com três amostras de solo e cinco doses de calcário, em um esquema fatorial 3x5, com quatro repetições. As amostras de solos foram submetidas a doses de calcário, em quantidades equivalentes a 0; 0,4; 0,8; 1,2 e 1,6 vezes
a necessidade de calagem (NC) dos solos, determinada com base na acidez potencial a pH 7,0 (H+Al), sendo NC (t ha-1) = H+Al (cmolc dm-3). Foram usadas sementes de arroz da cultivar BRS Jaburu. Nas menores doses o efeito residual da calagem promoveu aumento de massa da matéria seca da parte aérea das plantas cultivadas nos solos da UFRA e da Alça Viária. O perfilhamento máximo foi estimado com as doses de 0,83 e 0,85 vezes a necessidade de calagem, no solo da UFRA e da Alça Viária, respectivamente. O efeito residual da calagem provocou redução da produção de grãos de arroz cultivados nos solos de várzeas. O solo da Alça Viária apresentou o maior potencial para a produção do arroz, independente da calagem.
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